sábado, 1 de fevereiro de 2014

Por toda internet existem opiniões polêmicas e não polêmicas. É muito fácil identificar quais são as polêmicas, para isso basta acompanhar vlogs de caras como Felipe Neto, PC Siqueira e Cauê Moura, que elas sempre vão pintar entre um vídeo e outro, mas são às não polêmicas que mais me divertem de uma maneira geral. Hoje mesmo estava pensando sobre uma delas e resolvi compartilhar meu pensamento com vocês.

“Músicos, roteiristas e escritores são mais criativos quando estão tristes.” Esse não é um pensamento absurdo se pensarmos que a maioria das músicas compostas e filmes rodados falam de decepções, superações e tragédias. Mas é um pensamento sem sentido se formos pensar no porque eu vou escrever um texto, uma música, um roteiro ou poema. Eu escrevo se tenho algo a dizer. Pensando por esse caminho, nós podemos concluir que quando estamos tristes somos obrigados a pensar sobre o que estamos vivendo e assim entender o que se passa. O texto nessa percepção acaba sendo um canalizador do sentimento, que foi desmascarado pelos nossos pensamentos.

Escrever sobre algo que emociona a quem escreve, costuma ser uma peneira para esse autor deduzir que se emociona a ele, vai emocionar outras pessoas também. Uma jogada infalível comercialmente, pois todos os seres humanos tem o costume de viver e curtir a felicidade, mas tem o costume de assistir sua própria infelicidade em pensamentos. Sendo assim é bem mais fácil convencer um individuo a gostar de um filme de dor e perdas, pois ele já se acostumou a assistir as próprias e tem experiência suficiente para se identificar com algumas que o autor vai apresentar, do que convencer uma pessoa a assistir a felicidade alheia sem ter um bônus. Bônus costumam ser roteiros sobre pessoas mais felizes que os indivíduos da plateia e que explicam o motivo delas serem assim ou a boa e velha comédia.

O bônus é sempre necessário, pois eu não vejo graça em assistir a felicidade de alguém se eu posso estar usando esse tempo para me fazer feliz. Então o bom e velho “Eu te ensino a ser assim” e a felicidade medida pelo tom da risada costumam ser infalíveis, mesmo sendo superficial em mais de 80% dos casos. Eu considero essa opinião como uma verdade universal, mas em meu pobre julgamento considero que ela tem essa aprovação, pois num mundo onde tantas pessoas tem tão pouca coisa para dizer, uma percepção trágica sobre o vizinho ou sobre você mesmo, acaba por se tornar a forma unânime de bom entretenimento. É mais fácil escrever sobre o que eu sei ser bom, do que dar a cara e descobrir se o que eu sou tem qualidade.

Categories:

0 comentários:

Postar um comentário